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9 técnicas para gerenciamento de riscos

Um risco é um evento que pode acontecer no futuro e que pode afetar planejamento/tarefa/metas de um projeto, atividade, área e/ou organização. Não existe negócio isento de riscos. Dito isso, podemos entender melhor que o sucesso ou o fracasso de uma organização está diretamente ligado a quão eficaz a empresa é em gerenciar riscos.

O assunto é tão importante, que para você ter uma ideia a ABNT incluiu a Gestão de Riscos em uma revisão de 2015 (ver ABNT NBR ISO 9001:2015). Foi a partir daí que organizações realmente passaram a entender a importância de deixar de serem reativas às ameaças e oportunidades (lembrando que riscos podem ser negativos ou positivos). 

Já temos abordado o tema no nosso blog (neste link você consegue acompanhar os materiais sendo publicados), mas neste artigo queremos dar uma atenção especial às técnicas para gerenciamento de riscos. Assim, acreditamos que ajudaremos você um pouco mais a ser proativo em relação aos riscos que rondam seu negócio.

Sobre as técnicas para gerenciamento de riscos

Existem diversas técnicas para gerenciamento de riscos, e é importante que os profissionais responsáveis pelas análises sejam qualificados tanto a aplicá-las quanto em analisar os riscos em si.

Ressaltamos ainda que para a melhor tomada de decisão é bem provável que seja necessária a utilização de mais de uma técnica em conjunto. E, claro, aqui citaremos algumas, mas fique à vontade para sugerir outras, ok?

Simulação de Cenários

Simulação de Cenários, ou Análise de Cenários, é uma das técnicas para gerenciamento de riscos mais utilizadas. Ela consiste em análise das variáveis quantitativas e qualitativas de possíveis eventos que poderão ocorrer no futuro, considerando, assim, vários resultados possíveis. 

Tomadores de decisão fazem uso da técnica a fim de descobrir o melhor e o pior cenário possível. Basicamente, por meio da simulação os envolvidos imaginam todas as situações de riscos que podem ocorrer, bem como o que poderia causar cada um desses riscos

Matriz SWOT

A Matriz SWOT é muito conhecida por ter um apelo estratégico e é utilizada em planos de negócio para análises de mercado e desenvolvimento de estratégias. Além disso, podemos usá-la também como uma das técnicas para gerenciamento de riscos.

O termo SWOT é um acrônimo para strengths, weaknesses, opportunities e threats (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças). Portanto, a análise trabalha com as quatro perspectivas, sendo que:

  • Forças e fraquezas são internas. São analisadas questões sobre as quais você tem algum controle e pode mudar. As forças são atributos internos e positivos da sua organização. Já as fraquezas são fatores negativos que prejudicam os pontos fortes. Trata-se de tudo aquilo que seu negócio precisa melhorar para ser competitivo.
  • Oportunidades e ameaças são externas. São analisadas questões que acontecem fora da sua empresa, isto é, no mercado. Você pode aproveitar as oportunidades e proteger-se contra ameaças, mas não pode alterá-las. Exemplos incluem concorrentes, preços de matérias-primas, aumento cambial e tendências de compras de clientes.

Para utilizar a Matriz SWOT como uma das técnicas para gerenciamento de riscos, os envolvidos podem elencar riscos em cada um dos quatro quadrantes, bem como identificar a causa raiz de cada um deles.

Análise de Monte Carlo

A Análise de Monte Carlo é uma técnica estatística que executa simulações de cenários para:

  • Identificar o impacto dos riscos para diferentes cenários e
  • Identificar os resultados possíveis de acordo com cada risco mapeado.

O método fornece ao tomador de decisão uma série de resultados possíveis, bem como as probabilidades de ocorrência desses resultados de acordo com a ação a ser tomada. O processo de simulação é feito com um software, o qual executa os cálculos como uma única operação, apresentando, em gráficos e tabelas simples, toda a gama de resultados possíveis e a probabilidade de cada um deles. Quando a Análise de Monte Carlo é aplicada à avaliação de risco, o mesmo aparece como um gráfico de distribuição de frequência semelhante à curva em forma de sino, que os não estatísticos podem entender intuitivamente.

Análise de Custo Benefício

Dentre as técnicas para gerenciamento de riscos, a Análise de Custo Benefício avalia de forma qualitativa os custos e os benefícios da execução de um projeto. A abordagem estima os pontos fortes e fracos das alternativas (isto é, os riscos), auxiliando tomadores de decisão a determinarem as opções que fornecem benefícios ao mesmo tempo em que preservam a economia.

Projeção de Tendências

A Projeção de Tendência é a mais clássica técnica para previsão de negócios. Ela baseia-se no pressuposto de que os fatores responsáveis pelas tendências passadas continuarão a desempenhar seu papel no futuro da mesma maneira e na mesma medida.

Análise de Árvore de Decisão

A Análise de Árvore de Decisão não pode ficar de fora das técnicas para gerenciamento de riscos, especialmente se tratarmos da presença de incertezas. A técnica permite que um indivíduo ou organização avalie ações possíveis, comparando-as com base em custos, probabilidades e benefícios. 

Uma Árvore de Decisão geralmente começa com um único nó que se ramifica em possíveis resultados. Cada resultado leva a nós adicionais que, por sua vez, se ramificam em outras possibilidades. Desse modo, a técnica fornece uma estrutura dentro da qual é possível tanto dispor opções quanto investigar os possíveis resultados provenientes da escolha dessas opções.

Por isso, das técnicas para gerenciamento de riscos esta é a que ajuda gestores e tomadores de decisão a formarem uma imagem equilibrada dos riscos e das situações previstas conforme o curso de ação escolhido.

Diagrama de Espinha de Peixe

Conhecido também como Diagrama de Ishikawa, o Diagrama de Espinha de Peixe realiza uma análise de causa e efeito para um problema, a fim de identificar sua causa raiz. Essencialmente, o diagrama quebra “o todo” em “partes”. Por isso, diz-se que a técnica direciona a equipe a olhar para as categorias e pensar em causas alternativas. 

Dentre as técnicas para gerenciamento de riscos, esta ajuda a melhor visualizar possíveis causas que, de outra forma, poderiam não ser consideradas.

Método de Delphi

O método de Delphi visa à obtenção de consenso sobre as possíveis soluções de um problema. Baseia-se nos resultados de várias rodadas de questionários enviados a um painel de especialistas. Cada especialista responde de forma anônima e suas respostas são agregadas e compartilhadas com o grupo após cada rodada.

Ao final, o grupo é informado como pensa o todo. O objetivo do método Delphi é o de alcançar a resposta correta por consenso.

Análise de Sensibilidade

Tem a ver com uma das técnicas para gerenciamento de riscos já abordadas, pois a Análise de Sensibilidade faz uma simulação a fim de prever o resultado de uma decisão conforme algumas variáveis. Funciona como a Simulação de Cenários, uma vez que um especialista, ao analisar um conjunto de variáveis, consegue determinar como alterações em uma variável (ou seja, os riscos) podem afetar o resultado.

Concluindo

Riscos corporativos cercam todo negócio, mas isso não significa que você deve cruzar os braços e esperar o fogo se alastrar. Ao colocar em prática a Gestão de Riscos você mostra que sua empresa passou a ser proativa em relação às ameaças e oportunidades. Por isso, aplique o Plano de Gerenciamento de Riscos no seu negócio.

Para ajudar você a colocar a mão na massa, elencamos algumas técnicas. Você tem outras para sugerir? Em caso afirmativo, compartilhe conosco nos comentários. E já que está aqui, que tal visitar o Glicando, o blog da Glic Fàs? Além da Gestão de Riscos abordamos diversos outros temas importantes a gestores e empreendedores. Confira!

Créditos imagem: Unsplash por Rawpixel

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