Uma boa governança corporativa contribui para o crescimento e a estabilidade financeira de uma empresa, reforçando a confiança do mercado perante a organização. Uma das principais razões para o interesse na governança corporativa é porque ela preza pela integridade do mercado financeiro, sendo suas práticas consideradas como facilitadoras para o crescimento econômico organizacional.
Para que a governança corporativa não seja algo apenas restrito ao papel, organizações que a adotam devem levar à risca seus quatro pilares:
Entenda que, para o desenvolvimento de boas práticas de governança em uma organização, é fundamental garantir que os pilares da governança corporativa estejam em vigor. E como garantir isso? Por meio de controles internos.
Primeiro, é importante entendermos a que nos referimos quando falamos em controles internos na governança corporativa. Tenha em mente que um sistema de controle interno:
Os controles internos são implementados pelo Conselho de Administração, pela diretoria ou por todos que tencionam garantir os seguintes objetivos: salvaguardar ativos, conformidade com leis e regulamentos, confiabilidade e transparência dos relatórios financeiros e eficiência e eficácia das operações.
Perceba que o sistema de controle interno de uma empresa, quando bem elaborado e executado, visa às boas práticas dos pilares da governança, já que busca, principalmente, garantir a proteção da companhia e a transparência das informações.
Para atingir esse objetivo, os controles internos devem ser capazes de se adaptar a um perfil de risco em constante mudança. Destacamos que os controles não são projetados para evitar riscos, mas para detectar e avaliar aqueles aos quais uma empresa está exposta, a fim de possibilitar o gerenciamento dessas exposições.
Ainda, destacamos que controles internos são como engrenagens essenciais para a prática da governança corporativa. E em um sistema de governança, é a Lei Sarbanes-Oxley que privilegia tais controles.
A Lei Sarbanes-Oxley, conhecida também como SOX, foi aprovada em 2002 pelo Congresso dos Estados Unidos. O objetivo do ato foi o de melhorar a governança corporativa e a prestação de contas à luz dos escândalos financeiros ocorridos em empresas como Enron, Tyco, entre outros.
Elaborada pelos congressistas Paul Sarbanes e Michael Oxley, a SOX busca melhorar a precisão das divulgações corporativas para proteger os acionistas e o público em geral contra erros contábeis e práticas fraudulentas nas empresas. Segundo a lei, os executivos são os responsáveis por estabelecer, avaliar e monitorar a eficácia da estrutura de controles internos das companhias.
Para você ter uma ideia sobre a relação da Lei Sarbanes-Oxley, a governança corporativa e controles internos, observe a seguir:
O cumprimento da SOX é obrigatório para companhias abertas e, como você percebeu na breve descrição, ela coloca em prática um sistema de controle interno. Mas, como empresas de capital fechado, de portes menores, devem proceder para estabelecer controles?
Muitos acham que controles internos têm a ver somente com auditoria, ou com grandes corporações. Todavia, algumas ações aparentemente simples podem preparar o terreno para que sua empresa comece a colocar em prática os pilares da governança corporativa:
Controles internos existem para prevenir e detectar fraude, abuso ou atividades suspeitas e antiéticas, especialmente no que diz respeito à coleta e apresentação de informações financeiras. Para evitar que diretores e executivos divulguem declarações financeiras enganosas para ganho pessoal, a Lei Sarbanes-Oxley torna crime federal a manipulação dessas declarações.
Como procuramos mostrar neste artigo, falar sobre controles internos é conversar com gestores, uma vez que são eles os responsáveis por garantir transparência de informações, veracidade dos relatórios financeiros e tratamento igualitário de todos os stakeholders.
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Créditos imagem: Pixabay por Jan.
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Muito útil, exposição direcionada. Muitos parabéns.