No livro Os ciclos de vida das organizações, o autor, Ichak Adizes, estabelece os estágios pelos quais passa uma empresa. De acordo com ele, quando um negócio atinge a maturidade precisa se reinventar e recuperar a energia. Do contrário, pode morrer ou entrar para a fase do envelhecimento. Empresas maduras, por serem lucrativas e com “tudo funcionando do jeito certo”, possuem um alto risco de não conseguirem enxergar a necessidade de se reeinventarem e, por consequência, de terem uma gestão acomodada.
Com isso, chegamos na primeira lição: maturidade não significa cruzar os braços e deixar a empresa caminhar sozinha. Organizações que não querem descer a curva do ciclo evolutivo precisam evoluir continuamente. Assim é com o ciclo de vida de uma empresa (neste e-book explicamos tudo bem detalhadamente), mas, como se dá a maturidade na gestão de negócios?
Antes de responder à pergunta, precisamos entender o que é maturidade de forma geral. Uma pessoa madura é aquela que possui conhecimentos adquiridos pela experiência e por aprendizados diversos, e sabe fazer com que esse conhecimento atue em seu favor. São pessoas que conseguem pensar com mais clareza em momentos difíceis e manter a calma.
Assim como a maturidade de uma pessoa é vista a partir da forma que ela interiorizou seus conhecimentos e experiências durante sua vida, a maturidade na gestão de negócios de pequenas e médias empresas têm a ver com a maneira pela qual seus processos, metodologias e práticas internas foram evoluindo.
Observe que maturidade depende da natureza das atividades na organização, isto é, como as mesmas são conduzidas. Por exemplo, um gerenciamento de projetos definido como maduro é aquele que incorpora – na estrutura, cultura e operações de uma organização – processos, ferramentas, sistemas e metodologias estruturados. É também aquele cujos gerentes de projeto sabem lidar com riscos de todas as formas e gravidades.
Isso significa que tanto uma empresa de pequeno quanto de grande porte podem ser imaturas se, por exemplo, suas práticas internas forem mais reativas do que proativas e planejadas. Portanto, a segunda lição que temos é: o nível de maturidade na gestão de negócios não pode ser definido pelo tamanho de uma empresa, nem pelo seu tempo de mercado.
Como comentamos na introdução deste artigo, Adizes chama atenção para um perigo que sofre muitas das organizações que atingiram a maturidade: o comodismo. A Kodak é um exemplo clássico de empresa que chegou no nível de maturidade, estacionou e o resto da história você já sabe.
Em um mercado em constante evolução, toda empresa, para continuar a atender a demanda do cliente de forma eficiente e lucrativa, precisa constantemente melhorar serviços e produtos. Seu desempenho deve ser aprimorado em um processo contínuo e evolutivo. Por isso, maturidade na gestão de negócios significa melhorar sem cessar.
Dessa maneira, processos e controles internos são sempre executados de forma robusta e decisões são precisamente tomadas com frequência. Esses itens, como você bem sabe, são essenciais para qualquer organização que queira atingir altos padrões de competitividade. E, como você também sabe, para uma organização manter-se competitiva ela precisa estar em constante evolução. Se uma empresa precisa sempre evoluir, logo, o atingimento da maturidade na gestão de negócio não é sinônimo de acomodação.
Pessoas, processos, dados, tecnologias e medições. São esses cinco itens que podem apresentar o quão madura é uma empresa em sua gestão.
A maturidade na gestão de negócios não se baseia somente nos cinco itens acima. Importante destacar que ela é também expressa pela capacidade de uma organização em atuar com melhoria contínua em cada uma das disciplinas específica (gestão de riscos, gestão de projetos, gestão de desempenho, para citar alguns exemplos). Quanto maior a maturidade, maiores serão as chances de que incidentes ou erros diminuam e, quando ocorrerem, levem a melhorias.
A maturidade não é um fim em si mesma. Por ser tratar de uma evolução contínua, cada dimensão da empresa deve estar em constante transformação para atender às mudanças internas e externas que são cada vez mais frequentes.
É uma conta simples: para uma empresa adaptar-se às demandas ela precisa melhorar seu gerenciamento sempre. A fim de que isso seja possível é necessário ter pessoas motivadas e que realmente vistam a camisa. Este é o motivo pelo qual a cultura também influencia na conquista da maturidade do gerenciamento.
Com isso, queremos dizer que definir a maturidade na gestão de negócios vai muito além do que apenas avaliar como uma empresa gerencia suas pessoas, seus processos, riscos e assim por diante. Tem também a ver com o modo como ela trabalha com a cultura e com a melhoria contínua, e como ela busca constantemente por melhores resultados.
Ainda, ressaltamos que uma empresa pode ter atingido a maturidade em uma área de gestão e estar ainda patinando em outra. Em muitos casos a conquista da maturidade não ocorre de forma homogênea nas diferentes áreas de gerenciamento. No entanto, para que a gestão como um todo possa evoluir e ser chamada de madura é fundamental avaliar o que precisa ser melhorado, pois qualquer gargalo em uma área de gestão pode representar uma barreira para o desenvolvimento do negócio.
Controles internos, gestão de risco, governança corporativa e gestão de processos são apenas alguns dos itens que quando executados com excelência demonstram o atingimento da maturidade na gestão de negócios. Caso você queira mais materiais a respeito dos temas citados, clique nos links a seguir:
Para encerrar, já que o tema foi maturidade na gestão de negócios de pequenas e médias empresas, você sabe dizer como está a sua empresa no ciclo evolutivo? Desenvolvemos um e-book que vai ajudar você a responder à questão e a melhor definir estratégias que garantam a perenidade do seu negócio. Baixe-o gratuitamente.
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Créditos imagem: Pixabay por OpenClipart-Vectors
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