De uns tempos para cá, metodologias ágeis ganharam os holofotes na gestão de projetos. Uma delas é o Scrum, método que tem como objetivo a obtenção de resultados melhores no menor tempo possível. Sua “beleza” reside no fato que ele torna possível realizar projetos cujas necessidades são difíceis de quantificar desde o início.
Aliás, este é um dos principais pontos fortes que contribuíram para sua popularidade: a metodologia Scrum é utilizada em situações em que não é possível ter uma definição completa do escopo. A seguir, entenda melhor sobre o tema.
Muitos não sabem, mas o nome Scrum vem de uma jogada de rugby cujo objetivo é a reposição da bola no jogo. Como explicado aqui, é quando os jogadores dos dois times se juntam com a cabeça abaixada e se empurram, em um bloco único, com o foco de ganhar a posse de bola. Disso podemos extrair algo valioso sobre a metodologia: todos os membros da equipe devem andar em conjunto para a conclusão de um projeto.
De acordo com o Guia Scrum, Scrum é um framework para desenvolver, entregar e sustentar produtos complexos. Trata-se de “uma estrutura na qual as pessoas podem resolver problemas adaptativos complexos, ao mesmo tempo que entregam produtos do mais alto valor possível de forma produtiva e criativa”.
Ainda segundo o mesmo guia, a metodologia é fundamentada na teoria empírica de controle de processos, conhecida também como empirismo. “O empirismo afirma que o conhecimento vem da experiência e da tomada de decisões com base no que é conhecido. Scrum emprega uma abordagem iterativa e incremental para otimizar a previsibilidade e controlar o risco”.
O Scrum é sustentado por três pilares:
Como um dos pilares do Scrum é a transparência, um dos motivos pelos quais a metodologia é utilizada é porque todos os membros da equipe precisam saber o que os outros estão fazendo e o que podem esperar. Essa mesma transparência garante a compreensão do projeto em um nível macro, bem como compreensão das tarefas a serem realizadas.
O Scrum também permite trabalhar com eficiência e inteligência, algo que só é possível graças à transparência que requer comunicação aberta. Além disso, para aplicar o método, o projeto deve ser dividido em pequenas partes. É justamente essa fragmentação que faz com que os membros considerem se as tarefas realmente precisam ser realizadas, possibilitando uma visão muito mais crítica do projeto em questão.
À lista de motivos para adotar o Scrum estão foco e flexibilidade. Observe que o método foi projetado para melhorar os projetos e também para acelerar sua conclusão. Para que isso seja possível, é fundamental dar uma certa dose de “margem de manobra” a fim de lidar com imprevistos, assim como saber negar pedidos que têm pouco impacto no sucesso do projeto.
Adicionalmente, no Scrum o projeto é subdividido, sendo que tarefas específicas podem ser atribuídas aos membros da equipe. Por conta disso, todos os dias são avaliados o progresso uns dos outros. Desse modo, todos os envolvidos assumem suas responsabilidades.
Existe um conjunto de funções a serem implementadas na metodologia. As três principais são:
A adoção do Scrum requer alguns hábitos, como:
No início de cada dia, cada membro da equipe dá o seu parecer sobre o que foi feito no dia anterior, qual é o planejamento para o dia atual e quais os obstáculos existentes. Esses pontos são trabalhados em reuniões diárias rápidas (de cerca de 15 minutos) para que todos estejam cientes do andamento do projeto e ajam juntos para que o projeto possa caminhar. Os encontros são facilitados pelo Scrum Master
Este é um termo do Scrum. Refere-se aos ciclos do projeto, ou seja, cada ciclo é um sprint. Geralmente, um sprint é realizado a cada três ou quatro semanas.
Primeiro, é importante entender o termo Product Backlog (PBL), que nada mais é do que os objetivos de um projeto. Explicando melhor, é uma lista de “requisitos” para um produto ou projeto. O Product Owner é o responsável por definir as prioridades no PBL e por gerenciá-lo.
Entendido isso, o planejamento Sprint tem como meta planejar como transformar um conjunto de histórias do backlog do produto em um incremento do produto entregável.
A decisão de como construir o planejamento fica a cargo da equipe. Dessa maneira, as tarefas são criadas e atribuídas, resultando no Sprint Backlog. Portanto, Sprint Backlog é o nome dado à lista de tarefas específicas a serem realizadas em cada sprint. O time Scrum é responsável por manter essa lista.
Durante cada sprint, espera-se que os membros da equipe atualizem o Sprint Backlog sempre que novas informações estiverem disponíveis. Se por algum motivo um dos itens estiver parcialmente completo de acordo com o que foi definido, esses itens são colocados de volta no Backlog do Produto.
Sempre que um ciclo – Sprint – se encerra, a equipe se encontra para apresentar o que foi concluído. As tarefas finalizadas e seus resultados são então comparados com os itens planejados. A ideia aqui é partir para o próximo Sprint com as ações atualizadas a fim de determinar quais mudanças podem ser feitas para tornar o próximo Sprint mais produtivo.
Entre os métodos Ágeis, Scrum é a metodologia mais utilizada. Assim como no rugby, o princípio básico é que a equipe avance junta e esteja sempre pronta para reorientar o projeto conforme seu andamento.
O método não é perfeito – por exemplo, é mais adequado para equipes menores -, mas sem dúvidas, é uma maneira de melhorar a comunicação entre os integrantes e maximizar a eficiência da equipe. Além disso, como procuramos explicar, partes interessadas conseguem ver, todos os dias, o progresso sendo realizado.
Você já conhecia a metodologia Scrum? Conte para nós se já teve alguma experiência com o método. E se este artigo foi útil, compartilhe-o com seus colegas. Para mais conteúdo como este, e para ficar por dentro de boas práticas da gestão de negócios, visite o Glicando, o blog da Glic Fàs.
Créditos imagem principal: Pixabay por Ronald Carreño.
Créditos imagem texto: Unsplash Daria Nepriakhina.
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