Dizem que rir é o melhor remédio para todos os males. De fato, vários estudos descobriram que o bom humor no trabalho, além de fazer as pessoas sentirem-se melhor, dá a impressão de que o dia passa mais rápido. Aliás, segundo pesquisa conduzida pela Robert Half, o senso de humor é importante para o avanço na carreira na opinião de 91% dos executivos, e 84% acham que pessoas com um bom senso de humor realizam um trabalho melhor.
Olhando os dados da pesquisa podemos imaginar que é natural que riamos mais no trabalho, certo? Não exatamente. De acordo com a Gallup, os americanos riem muito menos nos dias de semana do que nos fins de semana.
O fato é que, além do estudo da Rorbert Half, outras pesquisas e exemplos mostram que funcionários que riem juntos demonstraram ser mais criativos, colaborativos e, como resultado, mais produtivos e lucrativos. Ainda conforme artigo na Harvard Business Review sobre humor no trabalho, executivos que incorporam risadas e piadas em suas rotinas são mais apoiados em suas iniciativas (desde que, claro, as piadas sejam apropriadas), ganham mais dinheiro, são melhores para motivar funcionários e são promovidos com rapidez.
Apesar disso, quando tratamos de líderes o humor no trabalho é visto muito mais como um acessório do comportamento do que como algo essencial. Mas, como mostraremos, o humor pode melhorar ou prejudicar o status de um profissional.
Em um outro artigo publicado na HBR (Sarcasm, Self Deprecation, and Inside Jokes: A User’s Guide to Humor at Work), o humor no trabalho ajuda os profissionais a subirem para posições de autoridade como também os ajuda a liderar com mais eficiência.
O texto cita que os professores Cecily Cooper (Universidade de Miami), Tony Kong (Universidade do sul da Flórida) e Craig Crossley (Universidade da Flórida) descobriram que quando o humor era usado pelos líderes como uma ferramenta interpessoal, seus funcionários ficavam mais felizes. A consequência era percebida em melhor comunicação e em um aumento nas ações voluntárias que facilitam a eficácia organizacional.
Em outras palavras, quando os líderes usavam o humor seus funcionários eram mais propensos a fazer o que precisavam. Algo parecido foi percebido do outro lado do mundo: um estudo também sobre humor no trabalho realizado com 2.500 funcionários da indústria australiana, descobriu que para 81% um ambiente de trabalho divertido os tornaria mais produtivos.
Na mesma pesquisa, 93% dos entrevistados disseram que rir no trabalho ajuda a reduzir o estresse relacionado a ele, enquanto 55% disseram que aceitariam inclusive ganhar menos para se divertirem mais no trabalho. Independentemente de pensarmos diferente ou não, segundo o pesquisador Owen Hanley Lynch, no Journal of Applied Communication Research:
“O humor organizacional tem sido associado a uma liderança bem-sucedida, com aumentos no lucro e no cumprimento do trabalho, com uma cultura de negócios bem-sucedida, com clareza de mensagem e objetivo em apresentações gerenciais, com melhorias na solução de problemas em grupo e com a redução do estresse emocional devido a ameaças e conflitos de papéis no trabalho”.
Poderíamos passar linhas e mais linhas descrevendo resultados de dezenas de outros estudos que apontam a influência do humor no ambiente organizacional, mas agora gostaríamos de propor uma reflexão. Entendemos que o problema do humor no trabalho é que ele pode transformar-se em sarcasmo. Além disso, utilizado de maneira errada, e no contexto errado, pode trazer prejuízos para a imagem do indivíduo. Então, como saber o limite do humor? Como saber onde termina o humor e onde começa o sarcasmo?
Certas piadas podem funcionar maravilhosamente bem com um grupo de pessoas, mas fracassar completamente com outro – ou, ainda, podem ter o efeito oposto se forem percebidas como insultos a pessoas ou ideias específicas. Para evitar os chamados riscos contextuais, o artigo da HBR – “Sarcasm, Self Deprecation, and Inside Jokes: A User’s Guide to Humor at Work” – sugere algumas abordagens:
Pensar no humor no trabalho também como uma ferramenta de liderança é compreender que a dinâmica de conversação varia enormemente de acordo com a cultura e de pessoa para pessoa. Como diz o texto da HBR, o humor é “uma dança delicada”.
Caso você tenha uma posição de liderança ou queira se destacar, mas não quer fazer piadas no ambiente de trabalho porque se sente inseguro, não tem problema. “Nem todo mundo deve ser engraçado, assim como nem todas as tentativas de humor serão bem-sucedidas”, menciona a publicação.
A sugestão é de que aprecie o humor de outras pessoas, sendo rápido para rir e sorrir e, claro, buscando incorporar uma certa leveza no dia a dia. Aqui vale o alerta do texto: uma vida desprovida de humor não é apenas menos alegre; também é menos produtiva e menos criativa, para você e para as pessoas ao seu redor.
Para encerrar de uma forma leve, deixamos você com este TEDx sobre humor no trabalho:
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