Existem diversos motivos que levam uma empresa ao declínio e, na pior das hipóteses, à mortalidade. O mesmo, claro, podemos falar de negócios familiares, os quais estão sujeitos às mesmas tempestades (e bonanças) de qualquer organização. A diferença é que negócios gerenciados por membros de uma mesma família podem enfrentar problemas como:
Poderíamos citar ainda outros motivos, mas como queremos chamar sua atenção para o último ponto, nosso convite é para que você entre conosco na discussão de um tema que significará a diferença entre o fracasso e o sucesso da sua empresa familiar: o plano de sucessão.
Pode ser que você tenha uma empresa que, por acaso, passou a ter as características de uma organização familiar (como contamos neste artigo). Pode ser que você seja um empreendedor que tenha construído um legado já pensando na sua família desde o início. Seja qual for o caso, se você possui um negócio familiar inevitavelmente terá que pensar em respostas para perguntas como:
Quem assumirá o negócio quando você não estiver mais na idade de gerenciá-lo, ou, em caso de eventual problema de saúde? Como a propriedade será transferida? Quem assumirá outros cargos de gerência? A empresa continuará nas mãos da família? Se sim, quem seriam as pessoas capacitadas a assumi-la? O sucessor será da família? Se sim, a pessoa está preparada e/ou é qualificada para assumir o cargo?
É para responder a essas perguntas que toda organização familiar deve se preocupar com o Planejamento Sucessório. Além de garantir o crescimento e a longevidade do negócio, definir a sucessão da empresa familiar é tomar as providências necessárias para garantir que os valores e missão da família, bem como os objetivos estratégicos organizacionais, sejam incorporados para a próxima geração.
Além disso, o planejamento sucessório é fundamental para que a empresa se prepare para o futuro. Negócios familiares tendem a ter uma visão de longo prazo, afinal, 99% dos fundadores de uma empresa familiar têm o intuito de que o negócio perdure para seus filhos, netos, bisnetos e assim por diante. Nesse sentido, é o plano de sucessão que garante que a transição da empresa para a geração seguinte ocorra da maneira mais suave possível.
Por tudo isso dito até aqui tenha em mente que: planejamento sucessório não é uma despesa, mas um investimento na continuidade do negócio.
Existem algumas etapas-chave para trabalhar com a elaboração do plano de sucessão. Aqui elencamos três:
Importante é pensar estrategicamente, ou seja, definir onde o negócio se encontra hoje, para onde ele deve ir amanhã e o que se espera da próxima geração.
Elaborar o planejamento de sucessão não é algo simples, e aqui apresentamos as principais etapas contidas em qualquer processo de criação de plano sucessório. O planejamento deve ser conduzido pelos membros familiares, mas, como veremos, contar com ajuda externa pode ser fundamental.
Já que apresentamos os principais passos a serem levados em consideração, agora daremos uma ajuda extra:
Justamente pela importância do tema – e como nos preocupamos com o futuro da sua empresa familiar – elencamos alguns itens que devem ser levados em consideração no plano sucessório:
O ideal é que o plano de negócios da empresa já preveja como será a sucessão. Se esse não for o caso, não se preocupe, mas também não deixe para pensar no assunto amanhã. O fato é que quanto mais tempo você tiver para preparar a empresa para a próxima geração, mais suave será a transição.
A discórdia familiar é um dos principais problemas enfrentados por organizações geridas por membros de uma mesma família. Por isso, elaborar um plano de sucessão sozinho para depois apenas informar os demais é sinal de intrigas na certa. Caso sua empresa não possua um conselho, isso não significa que a sucessão não seja algo a ser discutida abertamente. Abra o diálogo e permita que sejam levados em consideração os objetivos de todos os membros envolvidos.
Você pode querer que seu primogênito assuma o negócio. No entanto, você deve deixar o cargo de pai de lado e pensar como fundador: “ele quer tomar as rédeas da empresa? Seu filho tem capacidade para assumir tal posição, ou tem alguém muito mais preparado e apto do que ele?”.
Pode ser que não exista ninguém na família para ser o CEO da empresa. Nesse caso, você terá que abrir o cargo para alguém de fora, o que não tem problema algum. O importante aqui é não deixar laços de sangue ou envolvimentos familiares falarem mais alto. Lembre-se: seu papel de fundador é olhar o legado com os olhos de um empresário que quer ver a empresa bem-sucedida em longo prazo.
Foi definido que a empresa será comandada por um membro familiar. O sucessor conhece o negócio? Já foi treinado para administrar? O planejamento sucessório serve também para preparar o(s) sucessor(es) a fim de que ele(s) tenha(m) capacidade para tomar decisões e possua(m) as habilidades de gerenciamento necessárias ao negócio.
Nada como olhos de fora para dar uma visão imparcial e melhor conduzir o planejamento sucessório. Nesse caso, o ideal é contar com ajuda de empresas com profissionais especializados em negócios familiares e que facilitarão o processo por meio de questões de planejamento familiar e de sucessão.
Temos a certeza de que você quer passar sua empresa para a próxima geração, por isso, adiar o planejamento de sucessão empresarial é algo fora de cogitação. Perceba que apesar de se preocupar com a longevidade do negócio, o planejamento sucessório beneficia a empresa no agora, uma vez que ele cria as bases para fortificar a gestão do empreendimento como um todo.
Além disso, um bom plano de sucessão garante que o fundador consiga se aposentar com tranquilidade, sabendo que o negócio está solidificado para prosperar nas mãos da próxima geração.
Esperamos que este artigo tenha sido útil para você e que agora você tenha uma ideia melhor sobre o planejamento sucessório e sua importância. Caso tenha alguma dúvida ou queira saber mais sobre o tema, deixe um comentário ou entre em contato. Fique também à vontade para compartilhar este post com seus colegas.
Créditos imagem: Pixabay por Kaz
O ESG no C-level muitas vezes acaba ficando apenas dentro do cumprimento legal. O que…
Veja como o PMO atual pode ser mais estratégico e adequar-se à era de mudanças…
Veja como está a transformação digital nas empresas latino-americanas e o que fazer para priorizar…
Neste artigo, apresentamos os atributos de empresas resilientes e mostramos o que sua organização pode…
Em 1945, o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill disse a célebre frase: “Nunca desperdice uma boa…
Muito provavelmente você já deve ter se deparado com textos falando sobre como reduzir a…