Quando um colaborador sai da empresa, não é apenas uma mão de obra que é perdida. Ela deixa de contar com o conhecimento que aquele funcionário adquiriu. A perda do conhecimento – como de qualquer outro ativo – tem um custo, afinal, outra pessoa que entrar no lugar do antigo profissional precisará de um tempo para se adaptar ao cargo, assumir as responsabilidades e obter as informações necessárias para o exercício da função.
Para pequenas e médias empresas, perder o conhecimento pode não parecer envolver altos custos. Todavia, os impactos podem ser muito mais prejudiciais quando comparado com grandes corporações. A razão é simples: quanto menor o negócio mais vemos uma única pessoa responsável por áreas de conhecimento cruciais, como RH, TI ou finanças (o que não acontece nas grandes empresas, que contam com equipes maiores).
Além da perda de conhecimento, a produtividade também é afetada. Por consequência, a lucratividade é igualmente impactada. Para entender melhor sobre o tema, confira o artigo.
A Gestão do Conhecimento (do inglês Knowledge Management – KM) é o processo de capturar, distribuir, gerenciar e efetivamente usar o conhecimento em toda a empresa. Uma explicação mais completa vem do Gartner, que diz que a “Gestão de conhecimento é uma disciplina que promove uma abordagem integrada para identificar, capturar, avaliar, recuperar e compartilhar todos os ativos de informação de uma empresa. Esses ativos podem incluir bancos de dados, documentos, políticas, procedimentos e conhecimento e experiência previamente não capturados em trabalhadores individuais.”
São três os tipos de conhecimento envolvidos: tácito, explícito e implícito. Quando o conhecimento deriva da experiência pessoal, contexto ou prática (e que está preso no cérebro), damos o nome de conhecimento tácito. Assim, a Gestão do Conhecimento fornece os meios para que todo o conhecimento retido em cada colaborador seja facilmente compartilhado entre os membros da equipe. Isso significa que a empresa não deixa de usufruir do conhecimento de um funcionário que está de férias ou de atestado, por exemplo.
Com relação ao conhecimento explícito, que é codificado, tratamos de conhecimento que foi documentado e é facilmente acessível. Por ser de uma natureza simples, ele é muito mais fácil de armazenar e recuperar em um sistema de gerenciamento do conhecimento. No entanto, existe o desafio de garantir que ele seja revisado e atualizado constantemente.
Já o implícito está incorporado no processo, nas rotinas ou na cultura organizacional. Pode existir em um formato formalizado, como um manual ou diretrizes escritas, mas o conhecimento em si não é explícito. Em vez disso, ele geralmente vive da maneira que uma organização é executada.
“Como a sociedade mudou gradualmente para uma ‘economia da informação’, a necessidade de acesso à informação aumentou”. A frase, retirada do artigo The High Cost of Not Finding Information (O alto custo de não encontrar informações), já mostra o quanto evoluímos para a necessidade de adoção da Gestão do Conhecimento. Mas podemos ir um pouco além. De modo geral, dentre os motivos pelos quais a GC é importante, destacamos:
A Gestão do Conhecimento para pequenas e médias empresas é particularmente crucial, pois elas tendem a sofrer mais erosão do conhecimento em casos como:
A Gestão de Conhecimento pode ser tão simples quanto ter uma sala de arquivos para armazenar contratos importantes ou tão complexa quanto a tecnologia de inteligência artificial que coleta, armazena e recupera informações.
Para que uma estratégia de Gerenciamento do Conhecimento seja implementada com sucesso, é importante que pequenas e médias empresas minimizem o tempo e os encargos financeiros da implementação. Abaixo elencamos alguns pontos importantes para colocar em prática a GC:
Destacamos que a Gestão do Conhecimento é um processo contínuo e evolutivo. Há um ciclo constante de adicionar novo material e eliminar aqueles que estão desatualizados. Avalie continuamente sua estratégia e vá aprimorando-a sempre que necessário e de modo que ela acompanhe o crescimento da empresa.
Independentemente do seu tamanho, todas as organizações precisam de estratégia, sistemas e ferramentas de GC a fim de utilizarem o máximo de seus recursos de conhecimento. Para pequenos e médios negócios, essa gestão tem um papel ainda mais relevante, especialmente porque a rotatividade de funcionários tende a ser mais alta.
Seja qual for o seu negócio ou mercado, lembre-se que todos os seus colaboradores têm conhecimento valioso que vale a pena compartilhar. A partir do momento que sua organização tem uma estratégia de Gestão do Conhecimento implementada, os profissionais podem acessar a base de conhecimento para resolver e impedir futuros problemas.
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Créditos imagem: Pixabay por Angela_Yuriko_Smith
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