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Gestão por Resultados ou Gestão por Processos?

Tudo começa com a criação de missão, visão, valor e objetivos. O planejamento estratégico é então elaborado de modo que sejam criadas ações para o atingimento de metas. Para ajudar a executar o planejamento e, assim, atingir os objetivos organizacionais, empresas apoiam-se em modelos de gestão.

Os modelos de gestão formam a base pela qual uma organização é gerenciada, além de estabelecerem o que se espera de seus colaboradores com relação ao desempenho e produtividade. Para este artigo abordaremos duas metodologias: a Gestão por Resultados e a Gestão por Processos. Esperamos que ao final você consiga ter um entendimento de como cada corrente é aplicada e qual é a melhor para seu tipo de negócio.

O que é Gestão por Resultados?

A Gestão por Resultados visa melhorar o desempenho de uma organização, definindo claramente os objetivos acordados entre gestores e seus colaboradores. Ela baseia-se no pressuposto de que o envolvimento leva ao comprometimento, ou seja, parte da ideia de que ao participar da definição de metas o funcionário estará motivado e seu desempenho será muito melhor.

Peter Drucker, o pai da administração moderna, foi quem criou o termo, que em inglês é denominado Management by Results (MBR), e conhecido também por Management by Objectives (MBO) ou, em português, Administração por Objetivos (APO). Dentre as vantagens desse modelo de gestão estão:

  • Como o foco é em definir e controlar metas, a Gestão por Resultados encoraja os gestores a fazer um planejamento detalhado.
  • Gestores e subordinados sabem o que se espera deles, portanto, responsabilidades são claramente definidas;
  • Gestores são obrigados a estabelecer metas mensuráveis;
  • Colaboradores tornam-se mais consciente dos objetivos da empresa e mais envolvidos nos objetivos organizacionais;
  • Melhora a comunicação entre gestores e seus times.

Para que realmente seja um modelo efetivo, a Gestão por Resultados deve ter o apoio total da alta administração. Um outro fator a se avaliar é que a ênfase está mais nos objetivos de curto prazo. Isso porque as variáveis que afetam o processo de planejamento não podem ser previstas com precisão, uma vez que a estabilidade das metas é afetada pelas constantes mudanças do ambiente socioeconômico e tecnológico.

Além disso, se por um lado ela melhora a comunicação, por outro, para que isso realmente ocorra os gerentes devem ser capacitados em interação interpessoal. Uma questão igualmente importante a se destacar sobre a Gestão por Resultados é que, por lidar com metas, é fundamental que as mesmas sejam específicas, mensuráveis, atingíveis, realistas e temporizáveis (com duração e prazo definidos). A isso damos o nome de metas SMART (Specific, Measurable, Attainable, Relevant, Time Based).

O que é Gestão por Processos?

A Gestão por Processos refere-se ao alinhamento de processos com os objetivos estratégicos de uma organização, projetando e implementando arquiteturas de processos. Para que ela seja colocada em prática, estabelece sistemas de medição de processos que devem estar em consonância com objetivos organizacionais.

O Gerenciamento por Processos busca aumentar os resultados e a eficiência da organização através da eliminação de atividades sem valor agregado. Com isso, ela visa também a redução de custos internos desnecessários, redução de tempo do ciclo de produção-entrega e melhora na qualidade e o valor percebido pelos clientes.

Ainda, podemos dizer que a Gestão por Processos tem a ver com:

  • Orientar, monitorar e ajustar processos com base em eventos, gatilhos e indicadores de desempenho, de forma que eles se alinhem com os objetivos, práticas e estratégias da organização; e
  • Construir e manter uma metodologia que permita resultados repetíveis.

Gerenciar por processo é um esforço dinâmico – uma mentalidade – que requer disciplina e flexibilidade. Perceba, portanto, que ao contrário da Gestão por Resultados, a por Processos permite uma abordagem a longo prazo, já que processos podem ser adaptados conforme mudanças internas e externas. Dentre as vantagens dessa metodologia destacamos:

  • Resultados são mensurados mais facilmente e de acordo com a realização de cada atividade, logo tomadas de decisão são aceleradas;
  • Processos tornam-se mais eficientes e eficazes. Com isso a empresa entrega mais valor aos clientes;
  • Colaboradores passam a ser mais produtivos;
  • Racionalização de recursos materiais, financeiros, humanos e tecnológicos;
  • Redução de custos por processos.

Para que a Gestão por Processos seja colocada em prática são utilizadas metodologias, sendo que é a mais relevante no caso é a Metodologia BPM (Business Process Management). Com o BPM detalhes dos processos são mapeados minuciosamente. Falamos sobre mapeamento de processos neste artigo, caso você queira aprofundar-se.

Gestão por Processos ou Gestão por Resultados?

Ambas as metodologias podem ser aplicadas para empresas de todos os portes. Uma maneira de fazer a avaliação de qual abordagem se encaixa no seu negócio é ter em mente que a Gestão por Resultados atua mais em objetivos de curto prazo, já a por Processo possibilita um olhar para um horizonte mais longo.

Outra questão a se considerar é a participação ativa dos colaboradores. No caso do gerenciamento por resultados os funcionários participam ativamente na definição de metas e objetivos. O mesmo não se aplica ao outro modelo de gestão.

No entanto, é possível fazer uma abordagem híbrida. Nesse caso, pode-se optar pela Gestão por Resultados a partir da definição estagiada de processos. Isso significa que serão definidos vários processos (e, por consequência, atividades desses processos) para colocar em prática o planejamento detalhado da Gestão por Resultados.

Concluindo

O modelo de gestão a ser seguido mostra como a empresa lida com os objetivos que busca e com a relação entre gestores e seus subordinados. Ainda, é a partir do modelo escolhido que sabemos se a organização tem uma visão mais estratégica (com metas definidas para longo prazo), ou se seu foco são em objetivos a curto prazo.

Como falamos, é possível ter uma abordagem híbrida e utilizar os pontos de cada modelo que mais se adequam ao seu tipo de negócio e de gerenciamento. Seja qual for a metodologia que mais se adequa à sua empresa, lembre-se de que o passo inicial é a definição clara de metas e objetivos.

Agora que chegamos ao fim, qual sua avaliação sobre ambos os métodos? Qual deles se aplica mais ao seu modelo de negócio? Caso tenha ficado com dúvidas, deixe um comentário ou entre em contato conosco. E se você tiver interesse em nossos outros materiais, acesse o Glicando, o blog da Glic Fàs.

Créditos imagem: Pixabay por rawpixel

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Patricia C. Cucchiarato Sibinelli
  • Diretora Executiva
  • Mentoria em gestão de negócios.
  • Tel: (11) 9 9911 0274